01 dezembro, 2010

CHANUKÁ

Cevivons (piões) de Chocolate recheados de brigadeiro !

Além disso comemos sonhos, latkes (panquecas de batata que minha avó fazia divinas),
e abaixo uma estória do que é exatamente Chanuká contada sem erros.




  O que é Chanucá e Como a Celebramos?

            Existem duas maneiras pelas quais nossos inimigos tentaram nos destruir durante a História. A primeira foi através da aniquilação física, sendo a última grande tentativa o Holocausto. A segunda foi através da assimilação cultural. Purim é a celebração anual de nossa sobrevivência física. Chanucá é a celebração anual de nossa sobrevivência espiritual, apesar das inúmeras tentativas de nos destruir através da assimilação cultural.

            Em 167 A .E.C., o imperador greco-sírio Antióhus resolveu destruir o Judaísmo banindo três mitsvót: O Shabat, a Santificação do Novo Mês (estabelece-se o primeiro dia do mês pelo testemunho de duas pessoas que viram o nascer da lua nova) e o Brit Milá (a entrada dos meninos no Pacto de Avraham, através da circuncisão). O Shabat significa que D’us é o Criador e o Mantenedor do Universo, que Sua Torá é o ‘mapa’ da criação, contendo seus significados e valores. Santificar o Novo Mês serve para determinar a data dos Feriados Judaicos. Sem isto seria o caos. Por exemplo, Sucót cai no 15º dia de Tishrei. O dia em que isto ocorrerá depende da declaração do primeiro dia de Tishrei. Brit Milá é o símbolo de nosso pacto especial com o Todo-Poderoso. Todos os três mantêm nossa integridade cultural e eram, portanto, uma ameaça à Cultura Grega.

            Matitiáhu e seus 5 filhos, conhecidos como os Macabeus, iniciaram a revolta e, três anos depois, conseguiram expulsar os opressores de Israel. A vitória foi um milagre (proporcionalmente, seria como se Israel vencesse todas as superpotências mundiais de hoje, juntas). Tendo conseguido recuperar o controle do Templo Sagrado, em Jerusalém, desejaram colocá-lo em funcionamento imediatamente. Precisavam de azeite de oliva, ritualmente puro, para reacender a Grande Menorá do Templo. Porém, somente um frasco de azeite foi encontrado intacto, suficiente para queimar por apenas um dia, sendo que precisavam de uma quantidade que durasse oito dias, até que o novo azeite, ritualmente puro, pudesse ser produzido. Um milagre ocorreu e aquele azeite, suficiente para um só dia, ardeu por 8 dias.

            Daí acendermos as velas de Chanucá (ou, melhor ainda, recipientes com azeite de oliva) por oito dias. Uma no 1º dia, duas no 2º, e assim por diante. A primeira vela é colocada no lado direito da chanukiá (ou menorá) e, a cada dia, uma nova vela é acrescentada imediatamente à sua esquerda. Na primeira noite recitamos três brahót (bênçãos) e duas nas noites subseqüentes. Acendemos a vela sempre a partir do lado esquerdo (a vela do dia), seguindo em direção ao lado direito da chanukiá. A chanukiá deve ter todos seus ‘braços’ alinhados e na mesma altura. A tradição Ashkenazi é que cada homem acima de 13 anos acenda sua própria chanukiá, enquanto que a tradição Sefaradi é acender uma única chanukiá por toda a família. As bênçãos podem ser encontradas no Sidur, o livro de preces. Mesmo sendo permitido acender as velas dentro de casa, é preferível acendê-las onde os passantes da rua possam ver suas chamas, para divulgar o milagre de Chanucá. Em Israel, muitas pessoas acendem as velas do lado de fora das casas, em caixas de vidro ventiladas feitas especialmente para se colocar a chanukiá.

            A tradição de comer látkes, bolinhos de batata, é para recordarmos o milagre do óleo (látkes são fritos em óleo). Em Israel, a tradição é comer sufganiót, sonhos recheados com geléia. O dreidel, um pião com quatro lados, tendo as letras hebraicas Nún, Gímel, Hêi e Shín (as primeiras letras de “Nês Gadól Hayá Shám: Um Grande Milagre Aconteceu Lá -- em Israel”) é o jogo tradicional. Nos tempos da perseguição, quando estudar Torá era proibido, os Judeus estudavam escondidos e, quando os soldados gregos vinham investigar, rodavam o dreidel e fingiam estar apostando. As regras: Nún - ninguém ganhou; Guímel - o que rodou leva tudo; Hêi - o que rodou leva a metade; Shín - o que rodou tem que ‘colocar na mesa’ o equivalente ao que foi apostado. Ganha quem acumular mais fichas no menor tempo!
Retirado do Meor HaShabat

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